Em assembleias realizadas na manhã desta terça-feira (23), os trabalhadores das bases do Sindipetro Unificado decidiram pelo encerramento da greve nacional da categoria.
A decisão seguiu o indicativo do Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e marca o fim de um movimento que mobilizou o Sistema Petrobrás desde o último dia 15 de dezembro.
A suspensão da greve ocorre após a categoria considerar que a contraproposta apresentada pela Petrobrás e suas subsidiárias trouxe avanços significativos em relação aos termos anteriores.
No entanto, as entidades sindicais ressaltam que o fim definitivo da mobilização está condicionado à assinatura formal do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
➡️ Mobilização regional e votações
As votações desta manhã registraram alta adesão em unidades estratégicas:
Em Campinas: Trabalhadores da Refinaria de Paulínia (Replan), Transpetro e TBG se reuniram às 9h na sede regional do sindicato, no Jardim Chapadão.
Em Mauá: A assembleia da Refinaria de Capuava (Recap) e Transpetro ocorreu simultaneamente na sede da Vila Bocaina.
Outras unidades: Ao longo do dia, o processo de votação se estendeu por escritórios, terminais e usinas termelétricas no interior de São Paulo e em outros estados.
➡️ Conquistas do Movimento
Segundo a direção da FUP, a greve foi fundamental para "arrancar" compromissos da gestão da companhia que antes não estavam em pauta. Entre os pontos decisivos para a aceitação da proposta, destacam-se:
Garantia de não punição aos trabalhadores que aderiram ao movimento grevista.
Avanços econômicos e sociais em cláusulas do ACT.
Compromisso de acompanhamento do acordo por todas as subsidiárias do sistema.
Debate sobre previdência: Respostas às demandas sobre os planos de previdência complementar (PEDs).
"A avaliação é que a greve cumpriu seu papel de recomposição de direitos e rendimentos, fortalecendo o Sistema Petrobrás diante dos desafios atuais de gestão", informou a federação em nota.
