RADARES: Segundo informações, radares podem entrar em operação em Paulínia logo após a eleição deste domingo

Nossa reportagem recebeu uma informação nesta quinta-feira, 03, de que os mais de 80 radares instalados por toda Paulínia pela gestão Du Cazellato e que ainda não entraram em operação, vão passar a funcionar ainda este mês, logo após a eleição municipal deste domingo, dia 6.

Segundo uma fonte interna da Prefeitura, Cazellato só não mandou ligar os aparelhos, porque radares são uma medida considerada impopular por boa parte da população; portanto, algo que poderia prejudicar o desempenho nas urnas do candidato Danilo Barros (PL), apoiado pelo prefeito.
Nossa reportagem apurou que os equipamentos já passaram por aferição do Ipem (Instituto de Pesos e Medidas), portanto, já estão prontos para entrarem em operação.
Vale lembrar que, em julho, o Diário Oficial de Paulínia publicou que a Prefeitura prorrogou o contrato com a empresa responsável pelos radares na cidade, que ainda nem entraram em operação. O valor do contrato é R$ 14 milhões pelos próximos 12 meses.
Ou seja, mesmo os mais de 80 radares espalhados pela cidade não estarem funcionando, a gestão Du Cazelalto, mesmo assim, paga cerca de R$ 1,2 milhão por mês pelo serviço. Antes da prorrogação, a Prefeitura já tinha pagado à empresa cerca de R$ 6 milhões, segundo consta no Portal da Transparência.
➡️ Indústria da multa?
Quem é contra os radares diz que é possível instalar outros tipos de redutores de velocidade, como lombadas, tachões e faixas de pedestres elevadas. Alguns dizem que, em alguns lugares específicos, o radar é importante, mas que em outros uma lombada resolveria.
"É muito radar para uma cidade do tamanho de Paulínia, tem lugar que uma lombada resolve, fora que colocaram radar com limite de 30 km, a meu ver, o exagero na quantidade e o limite em alguns aparelhos me levam a acreditar que sim, estão querendo instalar a indústria da multa em Paulínia", disse o petroleiro Rubens Dias.
Já a vendedora Jéssica Nunes disse ser a favor em partes. “Acho que em alguns lugares precisa, sim, mas tudo isso, mais de 80, aí já é muita coisa né”, disse.
Estamos em contato com a Prefeitura de Paulínia para checar as informações, mas não tivemos retorno.