Gestão que apoia Danilo Barros gastou mais com pontos de ônibus do que com remédios para a população
Os valores dos pontos de ônibus surpreendem. A homologação disponível no Portal da Transparência traz os detalhes da despesa que saiu do bolso de cada paulinense.
Somente em abrigos, o valor ultrapassa os R$ 27,7 milhões. Mais de R$ 5,5 milhões apenas para a remoção de abrigos antigos e calçadas. Quase R$ 9 milhões para refazer as calçadas. R$ 3.887.199,00 em 300 painéis para mostrar horário e itinerário, mesmo já havendo um aplicativo já pago para isso. Mais de R$ 1,4 milhão em iluminação, entre outros serviços. A somatória de todos os serviços perfaz o valor de R$ 51.201.025,45.
Como a ata de registro de preços dá conta de mais de mil abrigos, dos pequenos aos maiores, podemos facilmente chegar à média de que cada ponto custou R$ 72 mil.
Coincidentemente, a Prefeitura de Campinas também realizou a instalação de novos pontos pela cidade e o valor cada ponto, semelhante aos instalados em Paulínia, custou em média para os cofres campineiros cerca de R$ 11.104,47. Ou seja, diferença gigante para os R$ 72 mil pagos em Paulínia.
Além disso, a gestão Cazellato instalou pontos de ônibus “diferenciados” do modelo chamado de “Estação Paulínia” que custou em média cerca de R$ 130 mil cada. Ou seja, valor maior que o custo médio para construir uma casa popular, que é R$ 90 mil, segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
Enquanto isso, a população de Paulínia sofre com a falta de remédios gratuitos nas farmácias das Unidades Básicas de Saúde (UBS). São desde medicamentos simples, como vitaminas e controle de temperatura, aos mais complexos, como para o controle de diabetes e esquizofrenia.