PRIORIDADES: Gestão Cazellato instala pontos de ônibus mais caros que uma casa popular

Segundo informações obtidas por nossa reportagem no Portal da Transparência, cada ponto de ônibus “diferenciado” do modelo chamado de “Estação Paulínia” custou em média à Prefeitura de Paulínia cerca de R$ 130 mil cada. Ou seja, valor maior que o custo médio para construir uma casa popular que é R$ 90 mil, segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

Como a gestão Du Cazellato já instalou quatro deles, os valores ultrapassam os R$ 500 mil; dois foram instalados em frente à Prefeitura e outros dois na saída da cidade, ao lado do Portal Medieval. Conforme o pregão presencial n.º 04/22, só o abrigo deste modelo custou R$ 99.911,61, conforme descrito no item 6. (foto)

Ocorre que para o ponto ficar pronto, também há os custos de instalação de outros itens como, por exemplo, os painéis de led que mostram horários (que custam cerca de R$ 13 mil), o sistema de iluminação, a construção de calçadas (quem podem custar até R$ 31 mil), lixeiras e até a remoção do abrigo antigo, quando necessário (valores variados). Portanto, somando mais estes itens necessários, o ponto chamado de “estação” custou cerca de R$ 130 mil. 

Segundo a Abrainc, o custo médio para construir uma casa popular, em 2024, no Brasil, com cerca de 60 metros quadrados é de aproximadamente R$ 90 mil. Portanto, o prefeito Du Cazellato gastou em um ponto de ônibus, o mesmo que daria para construir quase duas casas populares. 

Vale lembrar que em cinco anos à frente da Prefeitura de Paulínia, o prefeito Du Cazellato não construiu nenhum conjunto habitacional de moradias para a população; mesmo tendo prometido a construção de casas populares quando candidato em 2019 e 2020. Promessa não cumprida, que agora também está sendo feita por Danilo Barros, candidato a prefeito apoiado por Cazellato, na eleição deste ano.

Enquanto isso, cerca de 4.500 paulinenses (dados da Secretaria Municipal de Habitação) esperam na fila por uma habitação popular na cidade. Lembrando que o último programa habitacional entregue em Paulínia foi o residencial Vida Nova em 2014.