Vejo o vídeo no Facebook ou no Instagram do Diário
Nas últimas semanas, a reportagem do Diário de Paulínia recebeu inúmeras denúncias de moradores de Paulínia, de que uma Avenida, que não possui nome, que fica atrás do Teatro Municipal, a poucos metros da Prefeitura de Paulínia E ao Sambódromo; teria se tornado no período noturno, ponto de prostituição, de usuários de drogas, de pessoas fazendo sexo em carros e em alguns casos de atos obscenos.Nossa reportagem recebeu um vídeo gravado por um munícipe, que flagrou um homem seminu sem as vestimentas de baixo, se exibindo no capô de um veículo no meio da rua, sem nenhuma preocupação.
A pessoa que gravou o vídeo disse à nossa reportagem que está revoltada com a situação, pois a região sempre foi espaço para as famílias terem momentos de lazer. Isso porque, várias pessoas entre elas muitas crianças utilizam o estacionamento do Teatro para lazer. Parte da Avenida que fica a poucos metros do estacionamento, está sem iluminação, totalmente as escuras e sem a atuação do poder público, a situação só piora.
“Fui levar minha filha para andar de patins lá, por volta das 19h e me deparei com toda essa patifaria. A situação acontece sempre noite, e pior ao lado da Prefeitura, em que há crianças brincando a menos de 100 metros. Cadê a segurança e o monitoramento de câmeras para cuidar do espaço?”, questionou um munícipe.
Já o munícipe Fernando Chagas, que costumava levar os filhos no local e não faz mais isso, disse: “Faz tempo que está assim, a Prefeitura sabe disso. Tudo começou depois que fecharam o Sambódromo, aí essas tranqueiras vieram para cá, é todo dia assim, uma vergonha, tem gente usando drogas e transando no meio da rua! Cadê esse prefeito que não faz nada? Está na cara dele, pertinho da Prefeitura!”, disse.
Nossa equipe esteve no local e flagrou vários carros estacionados em meio à escuridão, e pessoas fazendo sexo dentro de alguns carros. Nossa reportagem também sentiu um cheiro forte de maconha vindo de alguns veículos.
Entramos em contato com a Prefeitura de Paulínia para saber sobre a situação, mas não tivemos retorno.

Segundo apurado por nossa reportagem, essa situação na Avenida teria começado após a Prefeitura fechar todos os acessos e entradas para o prédio e o estacionamento do Sambódromo. Isso ocorreu poucos dias antes do Rodeio de Paulínia, que aconteceu em março. Antes, em fevereiro, o Diário de Paulínia publicou uma matéria denunciando que o maior símbolo do Carnaval de Paulínia está entregue à própria sorte. Além de estar se deteriorando lentamente com o tempo, o local havia virado ponto de prostituição e usuários de drogas.
Nossa reportagem esteve por dois dias no Sambódromo, que fica no Parque Brasil 500, e só conseguiu fazer imagens, em um deles, com a presença da GCM (Guarda Civil Municipal), devido à falta de segurança que tomou conta do espaço. Nossa reportagem flagrou que o local estaria sendo usado como zona de prostituição de homens e mulheres. Notamos uma grande movimentação de veículos no estacionamento, na maioria homens, que ficavam nos carros ou iam para o interior do prédio.
Abordamos um jovem parado próximo a um banheiro na parte externa, que concordou em falar com nossa reportagem desde que não fosse identificado nem fosse feito nenhum tipo de gravação. Ele pediu para ser chamado de Victor e revelou que o local é muito usado por casais para o que chamou de: “pegação”.
Ele explicou que encontros sexuais são marcados no local, muitas vezes por casais desconhecidos via Tinder (aplicativo de encontro) e para a realização de programas. “A maioria aqui é pegação, mas tem prostituição, sim, eu mesmo já vim aqui com um cara que contratei para sair”, disse. Enquanto nossa equipe falava com o jovem, ele nos apontou duas mulheres sentadas nos últimos degraus das arquibancadas, como supostas garotas de programa, esperando clientes.
O uso de drogas no local parecia evidente, já que nossa equipe encontrou vários frascos de eppendorfs (usados também para armazenar drogas como cocaína e maconha) e cachimbos artesanais (usados para fumar crack), espalhados pelo chão do prédio. Nossa reportagem flagrou pessoas, aparentemente usuárias de drogas, entrando no prédio na posse de entorpecentes.