DEBATE: Priscila Bittar ataca família de Dalben e é lembrada pelo deputado que foi a família da candidata, que esteve envolvida no caso do sítio de Atibaia
Nesta segunda-feira, 30, ocorreu no Hotel Íbis em Paulínia, o debate entre os candidatos a prefeito de Paulínia organizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Paulínia.
Enquanto a maioria dos candidatos focou sua participação em fazer críticas ao atual governo do prefeito Du Cazellato e apresentar suas propostas para melhorar Paulínia, dois candidatos, Robert Paiva e Priscila Bittar, preferiram partir para o ataque contra o candidato Dirceu Dalben.
A candidata Priscila Bitar atacou Dalben questionando fatos sobre a trajetória política da família do deputado e sobre uma suposta falta de água em Sumaré, que segundo Bittar, seria culpa de gestões do candidato e seu filho, o qual é o atual prefeito da cidade vizinha.
Lembrando que o fornecimento de água em Sumaré não é de responsabilidade da Prefeitura, mas sim da BRK Ambiental, uma empresa privada que atua no setor de saneamento básico, prestando serviços de água e esgoto.Mesmo assim, a candidata, visivelmente alterada, insistiu que a culpa era de Dalben.
Sobre a suposta falta de água em Sumaré, o candidato Dirceu Dalben disse que a candidata Bittar desconhece a situação. Sobre os ataques a sua família, Dalben disse à candidata que não era a família dele que esteve envolvida em um escândalo de corrupção a nível nacional.
Isso porque Priscila Bittar é irmã de Fernando Bittar, que, segundo as investigações do Ministério Público Federal (MPF) de Curitiba, apresentadas em 2017, era laranja do presidente Lula no caso do Sítio em Atibaia/SP. Lula foi acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio e acabou sendo preso a pedido do ex-juiz e agora senador Sérgio Moro.
Formalmente, o imóvel pertencia ao empresário Fernando Bittar, mas o MPF sustentou que o espaço era de Lula. Fernando Bittar, em sua defesa, sempre negou que era laranja de Lula. Já sua irmã Priscila Bittar chegou a ter que prestar depoimento como testemunha no caso, ao então juiz na época Sérgio Moro.
Já Robert Paiva preferiu ir para cima de Dirceu Dalben abordando questões relacionadas à qualidade da merenda servida em Sumaré. Também criticou à forma de governança pública que Dalben teve como prefeito da cidade vizinha.
Dalben respondeu que o candidato desconhecia a realidade de Sumaré e que a cidade fornece merenda de qualidade aos alunos, citando vários itens, e afirmou ainda que Paulínia, sim, tem sérios problemas na merenda.
Dalben lembrou também que, em 2018, Robert Paiva foi um dos relatores da CP (Comissão Processante) que investigou vereadores afastados suspeitos de corrupção e que, se tivesse coragem e pulso firme, teria afastado a corrupção de Paulínia.
O candidato se referiu ao caso dos 13, quando em 2018 a pedido do Ministério Público, a Justiça de Paulínia afastou 13 vereadores, entre eles o prefeito Du Cazellato, Danilo Barros e Edilsinho Rodrigues, por suspeita de impediram apurações sobre os contratos emergenciais acertados pelo então prefeito na época Dixon Carvalho, para contratações dos serviços de merenda e coleta de lixo, em troca de 68 cargos de confiança.
Os demais candidatos, Lafaiete Biet, Dr. Marquinhos e Jurandir Bonomi focaram suas participações em fazer críticas à atual administração e apresentar suas propostas para melhorar Paulínia. Algo também feito por Dirceu Dalben, nos momentos em que não sofria ataques.