CRIME AMBIENTAL: Lixão clandestino denunciado por moradores do Saltinho amanhece com focos de incêndio

A área pública, onde, segundo moradores do bairro Saltinho, vem sendo utilizada irregularmente como ponto clandestino de descarte de lixo e outros materiais, amanheceu com focos de incêndio nesta quinta-feira, 22. Um munícipe fez imagens das queimadas, algo que é proibido por lei e considerado crime ambiental (Facebook e Instagram).

Na semana passada, o Diário noticiou que moradores da região denunciaram que a área localizada na Estrada Municipal PLN 313 vem sendo utilizada irregularmente como um lixão clandestino. Ainda segundo os munícipes, o descarte estaria sendo realizado pelo consórcio contratado pela Prefeitura de Paulínia para fazer a limpeza pública da cidade, chamado: “Paulicon".
Após receber a denúncia, nossa reportagem foi até o local e flagrou caminhões que supostamente seriam do Consórcio, fazendo descarte de material. Nossa equipe notou que o material descartado na área era na maioria entulho de obras, restos de poda e móveis velhos; mas também foi encontrado em alguns pontos, lixo orgânico. Também foram flagrados restos de queimadas de materiais.
➡️ O que dizem as autoridades?
Diante dos fatos, nossa reportagem entrou em contato com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para falar sobre o caso; até porque alguns moradores disseram que o órgão foi avisado sobre o problema.
Em nota, a Cetesb disse: O município de Paulínia está habilitado a realizar o licenciamento ambiental de empreendimentos de médio impacto, sendo de sua responsabilidade as ações de fiscalização relacionadas aos aterros de resíduos da construção civil. De acordo com a legislação relativa à gestão de resíduos sólidos, é de responsabilidade dos municípios a adoção de providências para a correta destinação de resíduos da construção civil. O autor da denúncia foi orientado pela Cetesb, a registrar junto à Prefeitura de Paulínia a reclamação de disposição de resíduos sólidos da construção civil e de poda de vegetação no município. A Cetesb enviou o relato da ocorrência para SEDDEMA - Secretaria de Desenvolvimento e Defesa do Meio Ambiente da Prefeitura de Paulínia para as devidas providências.
Também entramos em contato com a Prefeitura de Paulínia para pedir um posicionamento da SEDDEMA sobre o caso e sobre a atuação do Consórcio no local. Mas não tivemos retorno.