VÃO PRA ONDE? Moradores são avisados de que terão que sair de terreno da Prefeitura

Em maio deste ano, o Diário publicou uma matéria mostrando que o prefeito Du Cazellato não cumpriu a promessa de construir uma nova escola na região do Parque da Represa, em Paulínia. E que a obra orçada em mais de R$ 6 milhões ainda não havia saído do papel, mesmo constando na LOA 2024 (Lei Orçamentária Anual), sua autorização e liberação da verba.

Ocorre que, nesta semana, nossa reportagem foi informada por pessoas ligadas à Prefeitura de que o prefeito planeja dar início à construção da nova escola de ensino fundamental, que está planejada para ser construída na Rua Beatriz Viana Ferrigo, no bairro Nova Veneza.
Entretanto, no terreno público onde está prevista a construção da nova escola, há uma invasão. Nossa reportagem foi até o endereço e falou com um morador que vive lá há anos e que preferiu não ser identificado.
Segundo ele, seis famílias moram no local, dentre elas: crianças, idosos e pessoas em tratamento oncológico, além de vários animais de estimação. Ele diz também haver pessoas vivendo no local há mais de 15 anos.
Sobre a desocupação, o morador disse que alguns ocupantes foram avisados por pessoas, supostamente da Prefeitura, de que teriam que deixar o local porque a atual administração irá começar as obras da nova escola. Ele explica que só não foi informado o que seria oferecido de destino para as famílias.
“Se tirar a gente daqui, esperamos que nos digam para onde podemos ir, né, porque estamos aqui por necessidade de uma moradia. Ninguém aqui tem condições de pagar aluguel ou comprar uma casa aqui em Paulínia, é tudo muito caro, e a maioria aqui está desempregado ou vive de bicos”, disse o morador à nossa equipe.
Entramos em contato com a Prefeitura de Paulínia para descobrir a previsão de início das obras da nova escola e se haverá reintegração de posse do terreno e qual destino será oferecido às pessoas que vivem no local. Mas até o momento não tivemos resposta.
👎 Nenhuma moradia
Lembrando que, em cinco anos à frente da Prefeitura de Paulínia, o prefeito Du Cazellato não construiu nenhum conjunto habitacional de moradias populares para a população, em especial para famílias mais carentes.

Já a liberação de condomínios, na maioria de alto padrão, bateu recordes na gestão Cazellato, mais de 33.