MEDIDA PALIATIVA: Prefeitura planeja gastar mais de R$ 17 milhões em medida que não resolve problema no Parque das Flores

A Prefeitura de Paulínia planeja gastar mais de R$ 17 milhões no desassoreamento da lagoa do Parque das Flores no Jardim Primavera e da Lagoa do bairro Santa Terezinha. 

Medida que, segundo um ambientalista da região, Marcelo Mesquita, ouvido por nossa reportagem, não irá resolver, em especial, o problema de assoreamento no Parque das Flores.

Lembrando que o trabalho de desassoreamento é a remoção de areia, lodo e outros sedimentos do fundo de rios e lagos, causados por ações humanas ou pelo desbarrancamento de terra decorrente de fenômenos naturais.

Ocorre que os bancos de areia tomaram conta de boa parte da lagoa do Parque das Flores. Siqueira diz que só o desassoreamento não irá resolver, pois a causa do problema está em outro local. 

Ele explica que parte da água que deságua na lagoa vem de uma voçoroca — um tipo de erosão acentuada no solo, que acaba expondo o lençol freático, isto é, a água que corre debaixo do solo — que fica em um terreno particular ao lado do Teatro Municipal no Parque Brasil 500.

O ambientalista explica que essa água na voçoroca desce até a lagoa do Parque das Flores, trazendo muita areia junta, provocando o problema.

“Não adianta a Prefeitura gastar milhões em tirar a areia da lagoa, com o desassoreamento, se nada for feito lá na voçoroca, a qual é a origem do problema. Só o desassoreamento acaba sendo apenas uma medida paliativa para o problema e dinheiro público mal utilizado”, disse Mesquita

Entramos em contato com a Prefeitura de Paulínia para saber se há algum plano para ser feito algum trabalho na voçoroca no Parque Brasil 500; mas não tivemos retorno.