Uma jovem de 21 anos, que estava desaparecida há dois dias, foi encontrada em uma residência, em Paulínia, nesta quarta-feira (25). A vítima tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) e aparentava estar drogada. O namorado dela, de 19 anos, foi preso por sequestro, estupro de vulnerável e falsidade ideológica.
Após o registro do desaparecimento, policiais civis ouviram um amigo próximo a vítima, que estuda com ela. Ele contou que a amiga poderia estar com o namorado e passou o endereço dele, no bairro São José, em Paulínia.
No local indicado, os policiais encontraram os pais do suspeito e, na sequência, localizaram o homem e o prenderam, sendo necessário o uso de força porque, segundo policiais, o “jovem apresentou comportamento agressivo e investiu fisicamente em face dos policiais”.
O namorado da vítima disse aos policiais que ela estava numa residência no bairro Jardim Planalto, ainda em Paulínia. Lá, os policiais tiveram que arrombar a porta e encontraram a estudante. Segundo os agentes, ela estava “visivelmente embriagada e desnorteada, apresentando confusão mental”.
Na residência, os policiais encontraram aproximadamente 335 gramas de maconha em cima de uma cômoda. Questionado pelos policiais, o namorado da vítima disse que deu a maconha à ela e, ainda, informou que eles haviam tido relações sexuais horas antes.
Além disso, ele disse que teria se deslocado até a Delegacia de Polícia de Paulínia, juntamente com a namorada, onde registraram a ocorrência de encontro de pessoa. Todavia, segundo a polícia, omitiu um ”fato extremamente relevante e com nítido intuito de se desvencilhar de eventual responsabilização criminal”.
A residência onde a estudante foi encontrada pertence a uma mulher e a maconha apreendida seria dela, segundo o investigado. Durante a ação policial, ela teria ligado para os pais da vítima e os ameaçou.
Em tom ameaçador, ela teria insistido que a desaparecida possuía vontade própria, desdenhando do Transtorno do Espectro Autista – reconhecido por laudos médicos. Os pais da jovem estavam na sede da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana e, ao saber sobre a ação, ela teria ameaçado os policiais também. A mulher também está sendo investigada pela polícia.