Prefeitura gasta com reforma de prédio abandonado, o mesmo que custaria para voltar a funcionar o Teatro Municipal

Dia a dia, a atual gestão do prefeito Du Cazellato vai deixando claro para a população quais são suas prioridades.

Enquanto a Administração foca seus esforços na liberação desenfreada de condomínios de alto padrão, criação de mais cargos de confiança e celebração de contratos milionários com empresários; áreas importantes para a população, como Saúde e Educação, capengam, mesmo com orçamentos milionários.
Outra área que também é vítima de uma gestão voltada apenas para os interesses privado e político, é a Cultura. Muita gente em Paulínia nem sabe que o atual prefeito acabou com a Secretaria de Cultura, uma pasta que já foi uma das mais importantes da cidade quando eram realizados eventos no município.
O maior exemplo de descaso da gestão Cazellato com a Cultura é o abandono do seu maior símbolo, o Theatro Municipal Paulo Gracindo.
Quando o prefeito Du Cazellato assumiu a Prefeitura, o Teatro estava em pleno funcionamento, mas foi fechado pelo prefeito em 2020, sob alegação de problemas estruturais. Desde então, o local encontra-se em estado de abandono e já foi alvo de furtos e vandalismo.

Agora, a atual administração quer ceder o espaço para a iniciativa privada por 20 anos, que poderá fazer a exploração do Teatro e seu entorno com a cobrança para realização de eventos e de estacionamento. Um projeto que já foi discutido em duas Audiências Públicas marcadas por muitos protestos da população, que se mostrou contrária a entregar o maior patrimônio cultural de Paulínia para a iniciativa privada.
O curioso é que, dentre as justificativas dadas pelos representantes da Prefeitura durante as audiências, uma dizia que a gestão privada do espaço traria economia aos cofres públicos, destacando que para reformar o Teatro e colocá-lo novamente para funcionar, a Prefeitura teria que gastar cerca de R$ 4,7 milhões.
Ocorre que a Prefeitura começou ali perto, no Complexo Rodoshopping, a reformar um prédio abandonado há muitos anos, pelo valor de R$ 4,1 milhões.
Ou seja, quase o mesmo valor orçado para reabrir o Teatro. Portanto, aparentemente, o desinteresse da gestão Cazellato pelo Teatro Municipal seria político e não por questões financeiras.