Na sessão ordinária da Câmara de Paulínia realizada nesta terça-feira, 11, o vereador Fábio Valadão chamou atenção durante seu discurso, sobre uma homenagem que um advogado receberia, ao dizer que ele, e seus colegas parlamentares, foram “injustiçados”, no que o vereador chamou de um dos maiores absurdos ocorridos na Câmara.
A alegação da justiça foi de que os parlamentares impediram apurações de contratos emergenciais acertados pelo governo Dixon Carvalho, prefeito na época, para contratações dos serviços de merenda e de coleta de lixo, em troca de 68 cargos de confiança.
Segundo o Ministério Público (MP) na época, a denúncia apontava que, ao barrar as aberturas de duas comissões, os parlamentares impediram que o chefe do Executivo fosse investigado sobre supostos crimes de responsabilidade, quebra de decoro, além de corrupção ativa e passiva. Cada contrato feito pelo Executivo superava os R$ 13 milhões, segundo o MP.
Na época, a Justiça de Paulínia determinou que 13 dos 15 vereadores fossem substituídos por suplentes e que o Legislativo votasse a proposta de abertura de uma Comissão Processante (CP) que poderia resultar nas cassações de Dixon e dos 13 vereadores; proposta que foi aprovada pelos suplentes.
Logo depois, os vereadores investigados conseguiram na Justiça reassumir os cargos. Ao término dos trabalhos, a Comissão Processante não pediu a cassação do prefeito nem dos parlamentares. Na época, a opinião pública disse que o caso acabou em “pizza”.
Mesmo assim, o Ministério Público seguiu com o processo, que atualmente está em andamento em segredo de justiça na esfera estadual.
Portanto, os vereadores afastados na época: Danilo Barros, Du Cazellato, Edilsinho Rodrigues, Fábio Valadão, Flávio Xavier, Fabia Ramalho, João Mota, Loira, Manoel Filhos da Fruta, Marcelo D2, Marquinho Fiorella, Xandynho Ferrari e Zé Coco; ainda correm o risco de responderem criminalmente e perder os direitos políticos por até oito anos, caso assim a Justiça decida.