ESQUECIDA: Lagoa do Santa Terezinha segue esquecida pela Prefeitura

Quem dos mais antigos de Paulínia não se lembra dos campeonatos de jet ski ou dos churrascos com a família e amigos que eram realizados na Lagoa do bairro Santa Terezinha? O Parque Armando Ferreira. Acontece que essas lembranças ficaram no passado. Isso porque esta, que já foi uma das principais áreas verdes de lazer de Paulínia, está fechada há anos e segue esquecida e abandonada pela Prefeitura.

Em resposta a um requerimento feio pelo Legislativo em 2019, a Secretaria Municipal de Defesa e Desenvolvimento do Meio Ambiente informou que a Lagoa havia sido fechada anos atrás, em razão da presença de carrapato-estrela no local, que é o transmissor da febre maculosa (doença possivelmente fatal que costuma ser causada pela picada de um carrapato infectado).
Em março deste ano, o vereador Cícero Brito apresentou o requerimento n.º 486/24 “dedurando”, que pessoas estavam pescando no local. Em resposta, a Prefeitura explicou que o espaço possui placas de advertência e proibição espalhadas pelo local e que eventuais invasões ou pescarias devem ser denunciadas pelo telefone 153 da Guarda Civil Municipal.
Já o vereador Douglas Guarita, em maio, também deste ano, através do requerimento n.º 503/24, questionou se a atual administração havia planos de desassoreamento e revitalização do local. Em resposta, a Prefeitura disse que um processo licitatório de desassoreamento da lagoa estava em andamento, mas não disse nada sobre uma possível revitalização e abertura ao público.
Certo é que a Lagoa do Santa Terezinha, que já foi uma das melhores e mais frequentadas áreas verdes de Paulínia, devido ao fácil acesso já que fica na principal entrada da cidade, segue fechada em estado de abandono.

Vale lembrar que existem residências que ficam às margens da lagoa, que pertencem ao bairro Recanto do Lago, que fica ao lado. Nossa reportagem tentou contato com alguns moradores dessas residências para saber se eles frequentam o espaço, mas não tivemos êxito.
Conseguimos contato com um morador de uma residência que fica no lado do Santa Terezinha, bem próximo à lagoa.
Ele nos disse que o local está abandonado há anos e que nem capivara tem mais para falar de risco de carrapato-estrela. “Isso é uma judiação, isso aí está abandonado há anos. Nem capivara tem mais aí. Isso aí virou uma área exclusiva para esse povo que tem casa na beira da lagoa. Antes era para todo mundo, agora só quem mora ali usa”, disse o aposentado Francisco Duzolino.
Fato curioso é que a presença de carrapato-estrela não foi motivo para a Prefeitura de Campinas fechar e abandonar a Lagoa do Taquaral. Lá foi realizado um trabalho de conscientização com a população sobre os riscos e como se prevenir da doença; além do manejo e esterilização de capivaras, principais hospedeiros do carrapato-estrela.
Já em Paulínia, a opção parece ter sido fechar tudo e deixar como está. Entramos em contato com a Prefeitura para saber sobre o abandono do lugar e se há planos para a reabertura ao público, mas não tivemos retorno.