Por Antonio Castro
CAMPINAS com 1,25 (um milhão duzentos e cinquenta mil habitantes) licitou 350 pontos de ônibus a R$ 11,5 (onze mil e quinhentos reais) cada um.
PAULÍNIA, com 110 mil habitantes licitou 1.000 (mil) pontos de ônibus idênticos ao de Campinas, no valor de 75 (setenta e cinco mil reais) cada um. Ou seja, 6,5 vezes mais caros.
Em Paulínia, ruas em bairro de chácaras como o Parque da Represa, colocaram dois pontos de ônibus que não quando muito, tem dois ou três passageiros. Passei por lá no final de semana e em alguns pontos de ônibus, os assentos estão cheios de poeira, sinalizando que ali não senta um passageiro há muitos dias.
O valor de cada 2 pontos de ônibus, é 30 mil reais mais caro que o valor de uma casa popular do Minha Casa Minha Vida, que custa cerca de 120 mil reais, incluindo terreno e construção, conforme site do governo Federal. Vale dizer que a atual gestão encerra seu mandato sem construir uma só habitação popular, ou seja, deixa de cumprir uma exigência do Estatuto da Cidade, que prevê moradia popular conforme o crescimento da cidade, que em Paulínia está descontrolado.
Como se sabe, MORADIA é um dos direitos básicos e fundamentais do cidadão, previsto no art. 6º da CF; por outro lado, toda obra pública, conforme mandamento legal, deve atender interesse público e coletivo, sobretudo, os dos mais pobres.
Imaginem se colocado na balança e levada a uma audiência pública honesta, qual das obras seria mais importante para à população?
Para se ter uma ideia do que isso tudo significa, caso fosse comprado cada ponto de ônibus de Paulínia, no mesmo valor pago em Campinas e se fizesse casas populares, no valor estipulado pelo governo federal, com os 75 milhões gastos nos pontos de ônibus na nossa cidade, daria para fazer 629 moradias populares e comprar os mesmo mil pontos de ônibus.
Diria então a "Legião Urbana:
"Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?"
"Este texto visa instigar uma reflexão sobre como e onde está sendo gasto os ricos recursos da cidade."