Ministério Público recebe denúncia contra Du Cazellato e mais dois, por suposto privilégio a cargo de confiança que foi passar férias na Disney

O Ministério Público (MP) de Paulínia confirmou na sexta-feira, 18, que recebeu uma denúncia pública contra o prefeito Du Cazellato, o secretário municipal de saúde Alexandre Camargo Brandt e a diretora de saúde Tania Romano; por suposto privilégio concedido a um cargo confiança alocada na Secretaria de Saúde, conhecida como Fabi Garcez.

O Promotor Tiago do Amaral Barboza instaurou procedimento investigativo dos fatos (notícia de fato) e já notificou os envolvidos a prestarem esclarecimentos. Após ouvir os envolvidos na denúncia, a promotoria decidirá se irá ou não instaurar inquérito civil.

Caso isso ocorra e a promotoria entenda que houve irregularidades, o Ministério Público pode pedir à justiça a condenação do prefeito Du Cazellato por improbidade administrativa, que pode resultar na perda de mandato e dos direitos políticos por até oito anos.

Nossa reportagem teve acesso ao conteúdo da denúncia

Nela, o denunciante começa informando ao MP que antes de ser nomeada para um cargo de confiança na Prefeitura, a senhora Fabiana Garcez recebia envelopes com dinheiro para defender a gestão do prefeito Du Cazellato nas redes sociais; mas, que isso teria acabado quando ela recebeu um cargo para trabalhar no setor de Recursos Humanos (RH) do poder público.

Segundo o denunciante, devido à comissionada ser uma pessoa de difícil convívio social e não suportada pelos colegas, a mulher acabou sendo relocada para a Central de Vagas da Saúde, com um salário dez vezes maior que os demais funcionários do setor. Ainda segundo o denunciante, a comissionada fica nas redes sociais em horário de trabalho defendendo a gestão do prefeito Du Cazellato; enquanto os demais funcionários trabalham.

O denunciante alega ainda que essa comissionada com apenas 9 meses de trabalho, recebeu férias em foi para o Parque da Disney, nos EUA, ou seja, antes mesmo de completar 1 ano de trabalho; algo que o denunciante acusou de “privilégio”; pois segundo ele, para os funcionários deste setor tirarem férias, são exigidos no mínimo 1 ano de trabalho e planejamento com os gestores, para não prejudicar os trabalhos da Central.

Segundo o denunciante, as férias teriam sido autorizadas pela diretora de saúde Tania Romano e pelo secretário de Saúde de Paulínia, Alexandre Camargo Brandit.

O denunciante relata também no documento enviado ao Ministério Público, que a comissionada no decorrer desses 9 meses de trabalho enquanto desenvolvia sua função chegou a colocar como morto um homem que aguardava ser chamado pela Central de Vagas para realizar um exame; algo que virou notícia nas mídias de toda a região, já que o homem está vivo. Além disso, o denunciante alega que a comissionada usa informações de seu setor para divulgar em grupos de WhatsApp.

Por fim, o denunciante diz que sobre as “férias” não há nenhum Acordo Coletivo que permita como foi feito; disse também que o Estatuto dos Servidores Públicos não permite que férias sejam tiradas antes de 1 ano de trabalho. O denunciante finaliza dizendo que agora (recentemente) a comissionada tirou férias novamente, ou seja, duas em apenas 1 ano de trabalho.

Os envolvidos

Procurada para se posicionar sobre a instauração de procedimento investigativo dos fatos contra o prefeito, o secretário e a diretora, a Prefeitura de Paulínia não se manifestou até o fechamento desta matéria.

Também entramos em contato com a comissionada Fabi Garcez, mas até o momento não tivemos retorno.