SERVIDORES: Cazellato ignora negociações e dá apenas o que é obrigatório por lei de aumento para os servidores; Sindicato fala em descaso
O prefeito de Paulínia, Du Cazellato ignorou todas as tratativas feitas pelo STSPMP (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Paulínia) para discutir o reajuste salarial da categoria.O Sindicato alega que, diversas vezes, tentou o diálogo com o prefeito, que em nenhum momento se colocou à disposição para conversar sobre o aumento salarial reivindicado pelos servidores públicos, o que chamou de descaso do chefe do Executivo com a categoria.
Agora, Cazellato enviou para aprovação do Legislativo o Projeto de Lei n.º 46/2024, que concede aos servidores o repasse anual das perdas inflacionárias do período compreendido entre primeiro de março de 2023 até o último dia do mês de fevereiro de 2024, nos termos da legislação vigente.
O percentual aplicado é de 4,58% sobre o salário base a ser aplicado a partir de 1º de maio de 2024. Este índice de reposição salarial corresponde apenas à inflação do período.
Ou seja, Cazellato ignorou totalmente a reivindicação da categoria, não dando nenhum aumento real de salário, apenas aplicou o percentual de perdas previsto em lei. Além disso, benefícios adicionais, como vale-refeição, vale-alimentação e vale-transporte, não tiveram nenhum reajuste, apesar do aumento significativo dos custos de vida em Paulínia.
➡️ Sindicato avisa que não aceita a decisão e promete retaliar
A entidade já solicitou o uso da Tribuna Livre da Câmara Municipal na próxima semana (30 de abril). O objetivo da entidade é discutir as implicações de uma data-base que não atende ao real anseio do trabalhador. O Sindicato fará ainda a convocação dos servidores a comparecerem na Câmara, caso o Projeto de Lei seja colocado em pauta.
“Além de repor só o que a lei exige, outros benefícios, como vale-alimentação, auxílio-saúde etc, não tiveram reajuste, nem o inflacionário; portanto, vão ficar com perdas de um ano para o outro. O 4,58% é obrigatório, o que lei exige, ou seja, podemos dizer que o salário do servidor público ficou congelado em 2024”, disse Rodrigo Macelari, diretor do Sindicato.