Os dados coletados pelo último censo realizado em 2022 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que Paulínia possui uma das mais altas taxas de mortalidade infantil da região. Para se ter uma ideia, Paulínia com 110 mil habitantes, teve 14,8 óbitos por mil nascidos vivos, enquanto, a vizinha Sumaré, com 280 mil habitantes, teve 10,8.
Segundo dados da Fundação Seade que puxam um pouco para baixo a taxa em relação ao IBGE, os números mostram que Paulínia teve um aumento expressivo de 2021 com uma taxa de 9,8 (12 óbitos infantis), para 2022 com 14,7 (20 óbitos infantis). O maior número de mortes foi registrado entre crianças de 0 a 6 dias de vida (óbito neonatal precoce), com 11 casos.
Lembrando que, mesmo bilionária, Paulínia não possui UTI neonatal no HMP - Hospital Municipal de Paulínia. Aliás, em 2022, o orçamento para a saúde em Paulínia foi de R$ 396 milhões e, mesmo assim, aumentou a taxa de mortalidade infantil na cidade.
O que aumenta também é o orçamento da Secretaria de Saúde, que só para este ano, possui cerca de R$ 571 milhões.
UTI neonatal faz a diferença em Campinas
Em outubro passado, a Prefeitura de Campinas anunciou que a previsão é que a cidade fecharia 2023 com queda na mortalidade infantil, já que a taxa, no 2º quadrimestre daquele ano, ficou em 8,3 para cada mil bebês nascidos vivos.
Em nota, Andréa Maria Campedelli Lopes, coordenadora da área da criança e adolescente do Departamento de Saúde de Campinas, explicou que o resultado foi “influenciado por fatores como o aumento da demanda por UTI neonatal para partos de crianças de risco e outros eventos na faixa neonatal”.