Aumentam as invasões de imóveis públicos e privados em Paulínia

A falta de políticas públicas da gestão Du Cazellato nas áreas sociais tem provocado problemas graves em Paulínia. Além da falta de projetos habitacionais para famílias carentes, a aparente omissão da Secretaria de Assistência Social com as pessoas em situação de rua, tem provocado o aumento significativo de invasões a prédios públicos e privados.

Como já noticiado pelo Diário, a aparente omissão do poder público na tentativa de ressocializar essas pessoas, resultou no aumento expressivo de moradores de rua por toda a cidade. Em vários pontos do município, é possível ver pessoas vivendo em condições precárias em praças, espaços públicos e até em acampamentos improvisados.
Quem também sofre com o descaso das autoridades é a população, isso porque muitas dessas pessoas em situação de rua também têm invadido espaços privados. Qualquer tipo de imóvel, tanto comercial ou residencial, que estiver vazio, abandonado ou para alugar, é alvo de algumas dessas pessoas.
Como muitos são dependentes químicos, muitas vezes o imóvel não é só invadido, mas sim depredado e furtado. Peças de partes elétricas, hidráulicas e móveis são furtados para depois serem vendidos para que essas pessoas tenham dinheiro para comprar drogas.
Esta semana, nossa reportagem acompanhou o trabalho da GCM (Guarda Civil Municipal) que foi acionada pela proprietária de um imóvel comercial no bairro Recanto do Lago, que vem sendo invadido constantemente por dependentes químicos. Danielle Pentian disse que, ao chegar no local, se assustou ao encontrar um dependente químico que estava nu dormindo em um colchão em uma sala.

Com a chegada da GCM, o jovem foi questionado e confirmou que morava na rua e é usuário de drogas. Ele disse também que invadiu o imóvel a mando de um casal de moradores de rua que, segundo ele, estão acostumados a invadir imóveis públicos e privados para dormir e furtar objetos que possam ser vendidos ou trocados por drogas.
Após a GCM retirar o jovem do local, a proprietária desabafou sobre a situação. “Não sei mais o que fazer, eles invadem aqui quase toda semana, já quebraram e furtaram tudo que conseguiram. Este imóvel está para alugar, é a única fonte de renda que meu pai possui, após uma vida inteira de trabalho, mas não estamos conseguindo alugar, pois o imóvel está sendo totalmente destruído por essas pessoas. Já fiz boletim de ocorrência e perdi a conta das vezes que precisei chamar a GCM para vir retirar pessoas aqui de dentro, já pedi ajuda para vereador e até para o vice-prefeito, Sargento Camargo, que nem respondeu minhas mensagens”, desabafou a proprietária.
Espaços públicos também são invadidos, como, por exemplo, o prédio público onde funcionava a antiga SECA na rua São Bento e o estacionamento no Centro. Ambos os locais públicos foram invadidos.
📶 Até empreendimentos imobiliários estão sendo alvo
Nossa reportagem apurou que até empreendimentos imobiliários estão sendo constantemente furtados. Tal como um empreendimento no Jardim Ipê, que, segundo os vizinhos, é furtado quase diariamente.
“A GCM vem aqui quase todo dia, pois de noite eles entram e levam tudo que conseguir, fios, vasos sanitários, pias etc”, disse um vizinho. Em outro empreendimento no bairro Morumbi, a construtora precisou deixar segurança à noite para evitar os furtos.
A GCM informou que faz patrulhamento diário e toda vez em que é acionada nesses casos presta atendimento imediato. Procuramos a Prefeitura de Paulínia para saber o que está sendo feito sobre esse aumento de pessoas em situação de rua e invasão de imóveis, mas não tivemos retorno.