A educação de Paulínia possui, só para este ano, um orçamento disponível de cerca de R$ 580 milhões; valor imaginável na maioria das cidades do Brasil. Mesmo assim, a suposta falta de gestão desses recursos por parte da atual administração do prefeito Du Cazellato é escancarada através de situações que chamam a atenção dos paulinenses. Como ocorreu nesta terça-feira, 20, na Escola Nelson Alves Aranha Neto, no bairro Bom Retiro, onde pais de alunos tiveram que organizar a venda de pastéis e refrigerante para arrecadar dinheiro para ser usado em melhorias na escola. Ou seja, mesmo a Secretaria Municipal de Educação tendo disponível um orçamento de meio bilhão de reais só para ela, que equivale ao orçamento total de muitos municípios do país; pais e mães de alunos em Paulínia ainda precisam organizar, por conta própria, formas de arrecadar recursos para melhoria nas escolas dos filhos.
Durante o evento da noite de ontem, nossa reportagem falou com uma mãe de aluno, que confirmou que a venda dos pastéis era para ajudar com melhorias na escola, inclusive para a compra de itens básicos, como papel higiênico e galões de água. “Pode entrar lá no banheiro que o senhor verá que nem papel higiênico tem para os alunos”, disse a mulher que não quis se identificar. Nós então o fizemos, e realmente, encontramos um banheiro masculino sem nenhum papel higiênico, vasos sem assento e interditados, lavatórios sem torneiras e sabão para lavar as mãos e papel para enxugá-las. Também notamos que a pintura do prédio é bem antiga, com partes descascando e algumas luzes piscando.
Vale lembrar que recentemente, pais e mães da Escola Sol Nascente no Vista Alegre, promoveram a venda de calendários a fim de arrecadar fundos para melhorias na unidade; mostrando que a situação se repete em outras escolas de Paulínia, mesmo a gestão Du Cazellato tendo disponível mais de meio bilhão de reais para usar na Educação.
