Gestão Du Cazellato corta drasticamente verba para qualificação dos paulinenses e promoção do comércio
Um dos princípios da competitividade econômica de uma cidade é a mão de obra qualificada de sua população. Isso porque, com indivíduos qualificados, a produtividade das empresas aumenta de maneira considerável com metas e objetivos sendo alcançados; portanto, municípios que possuem trabalhadores qualificados, atraem mais empresas, fortalecendo sua economia e desenvolvimento.
Outro fator que estimula o crescimento econômico de um município é seu comércio, responsável por uma parcela significativa dos empregos. Portanto, quanto mais forte o comércio local, mais oportunidades são geradas, tanto para os negócios quanto para os clientes e moradores.
Mas em Paulínia, a administração do prefeito Du Cazellato, parece ter ignorado toda essa premissa básica de economia, algo que pode prejudicar seriamente a cidade. Isso porque, o prefeito cortou drasticamente a verba para qualificação profissional dos paulinenses e promoção do comércio, em 2024.
Segundo consta no orçamento de 2024, a verba para o “Investimento e promoção do comércio e trabalhador”, caiu para R$ 300 mil; sendo que o valor para este ano (2023), foi de R$ 3.240.000,00. Ou seja, um corte de mais de R$ 3 milhões.

No Plano Anual de Contratações encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), em julho deste ano, assinada pelo então secretário de Desenvolvimento Econômico, Sami Goldstein; consta a programação de contratação de instituições especializadas tanto para a formação de mão de obra como fomento do empreendedorismo dos munícipes paulinenses.
Entretanto, com o orçamento desta forma, quase 11 vezes menor, enviado pelo Executivo, em setembro, para votação do Legislativo; fica visível que não haverá recursos suficientes, portanto, o número de contrações em Paulínia, em 2024, deve diminuir drasticamente.

Essa queda no investimento de qualificação de mão de obra dos paulinenses, em 2024, devem prejudicar a cidade a curto e médio prazo. Isso porque, segundo a Secretaria de Estadual de Desenvolvimento Econômico, a falta de qualificação de mão de obra é um dos maiores entraves para empresas que querem investir e uma cidade.
Segundo dados do Ranking de Competitividade dos Municípios, este ano Paulínia está em 110º lugar, no Brasil, em “qualificação dos trabalhadores em emprego formal”, sendo que caiu 17 posições em relação ao ano anterior.
Além disso, nos últimos anos, um intenso trabalho de qualificação e promoção do comércio de Paulínia vinha sendo feito, para auxiliar os comerciantes contra a forte concorrência dos shoppings e do centro (rua 13 de maio) da vizinha Campinas. Agora, com o corte de R$ 3 milhões no orçamento, os comerciantes aparentam já estarem preocupados.

O corte nas verbas de qualificação profissional parece ir na contramão de discursos de enfrentamento aos impactos da Reforma Tributária, feitos pelos políticos da cidade. Afinal, com a iminente perda de arrecadação futura, Paulínia precisará de um esforço redobrado para ser atraente e gerar outras formas de receita. E mão de obra qualificada sempre é um dos requisitos mais importantes procurados por empresas e investidores. Mas, como se vê, esse grande problema deve ficar nas mãos dos próximos gestores da cidade.