Alunos “fritam” em ônibus do transporte escolar e salas de aula em Paulínia, enquanto o gabinete do prefeito adquire novos aparelhos de ar-condicionado

Quase todo o estado de São Paulo vem sofrendo com as altas temperaturas das últimas semanas. Com isso, alunos da rede pública de ensino de Paulínia, estão, literalmente, “fritando”, nos ônibus do transporte escolar e nas salas de aula de várias escolas da cidade.

Isso porque, a maioria da frota de veículos que atendem o transporte escolar do município, são antigos, e não possuem ar-condicionado. Vale ressalta que o serviço de transporte escolar em Paulínia já está na mira do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo — TCE-SP (em breve, haverá matéria sobre o assunto).
Já as salas de aula, de várias escolas da cidade, também não possuem aparelhos de ar-condicionado, fazendo com que os estudantes passem sufoco com as altas temperaturas; já que, o calor intenso, comprovadamente, dificulta o processo de aprendizagem. Professores e demais trabalhadores da educação, também sofrem com a falta de ar-condicionado nos ambientes de trabalho.
Para piorar, em alguns dias, Paulínia chegou a registar máximas de 39 °C e umidade do ar em torno de 30%, com sensação térmica de 50 °C, ou seja, temperaturas que podem subir ainda mais em veículos e locais fechados sem aparelhos que refrigeram ambientes.
Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Chefia de Gabinete, adquiriu em março deste ano, ao preço de mais de R$ 22 mil, dois aparelhos de ar-condicionado de 36 mil BTUs, para atender o gabinete do prefeito Du Cazelatto e do vice Sargento Camargo.
Vale lembrar que a falta de ar-condicionado nos ônibus do transporte escolar, afeta também motoristas e monitoras que trabalham nos veículos. Esses profissionais passam quase o dia inteiro transportado e garantindo a segurança dos alunos.

👎❄️AR-CONDICIONADO EM SALA DE AULA PARECE TER FICADO NA PROMESSA


O pedido de instalação de ar-condicionado nas salas de aula das escolas do município já foi feito várias vezes ao longo dos últimos anos. Alguns vereadores já fizeram indicações ao Executivo solicitando a medida; entretanto, a Administração parece esquecer da necessidade de algo tão importante para alunos, professores e demais funcionários da educação.
Por exemplo, em resposta a um requerimento feito pelo poder Legislativo, em novembro de 2022, que pedia explicações da Prefeitura, para saber se havia estudos para a implantação de aparelhos de ar-condicionado nas escolas; a Secretaria Municipal de Governo, chegou a responder na época, que estudos para aquisição de ar condicionado para as unidades escolares estava em planejamento de políticas públicas para o próximo exercício (2023), alegando inclusive já previsto na LOA/2023 na ação n.º 2024; e que tão logo o iram dar início dos estudos necessários para tal aquisição. Algo que, aparentemente, ficou na promessa.
Recentemente, em novembro, uma nova resposta da mesma secretaria sobre o assunto, a uma indicação de vereador. Nela a Administração alega que: “iniciará o processo de vistorias prediais, para o levantamento estrutural compatível com as instalações do objeto da presente Indicação”; ou seja, mais uma promessa aos pais de alunos, professores e funcionários da educação.