A Prefeitura divulgou em suas redes o mutirão de empregos para o comércio. Como tudo neste governo que faz o básico ser propagado como extraordinário - algo como “vender arroz com feijão como filé mignon” - a ação é algo muito comum em vários municípios.
Segundo a publicação, “essa edição será voltada para o Comércio, visando aproximar o setor das pessoas que buscam por uma oportunidade profissional, diante do período das festas de fim de ano, que aquecem a economia.” Por fim, adverte: “o processo seletivo será de total responsabilidade dos comerciantes.” Tudo, de acordo com o texto, ocorrerá nas dependências do Paço Municipal.
Até aí tudo bem, nada além de uma ação no mínimo básica como feita em outros lugares. A não ser por um motivo: durante todo o ano de 2023, o mesmo prefeito que agora autoriza, PROIBIU empresas de realizar processos seletivos no Paço Municipal. Diversas foram as reclamações por parte de empresários que, por conta da decisão, tiveram dificuldades ou até deixaram de contratar paulinenses para seus negócios.
No documento anexado a imagem datado de 30/01/23 e que faz parte do Protocolado 2411/2023, Du Cazellato, afirma que “não há diretamente interesse público envolvido e sim particular” em promover processo seletivo e que isso “destoa da finalidade do Poder Público”. Além disso, segundo o prefeito, a realização de processo seletivo pode “ofender o princípio da impessoalidade”.
Contraditório, no mínimo. Ou melhor: contraDUtório! Seria essa “liberação” de uma ação que ele mesmo atesta ser proibida (só aqui em Paulínia, diga-se de passagem) uma forma de tentar acalmar os ânimos dos comerciantes que estão irritados com a falta de atenção ao comércio da cidade e, principalmente, com o atraso (mais uma vez) com a decoração de Natal?
