POLÍTICA: Doutor Fábio Alves afirma que é pré-candidato e, se eleito, disse que vai mudar a forma de governar Paulínia  

Com a aproximação das eleições municipais de 2024, os bastidores da política paulinense vem esquentando, isso porque faltam apenas quase 14 meses para o pleito e, com isso, algumas articulações e alianças políticas vem se intensificando pelos grupos políticos da cidade. 

O Diário de Paulínia abre espaço de entrevista para todos os pré-candidatos a prefeito que pretendem disputar a eleição em 2024. 

Abrimos com o médico Dr. Fábio Alves, que confirmou a nossa reportagem, que é pré-candidato a prefeito de Paulínia em 2024. Confira:


(Diário de Paulínia): O que levou o senhor a decidir ser pré-candidato?

(Doutor Fábio Alves): Penso que estabeleci um compromisso com o município. Resolvi estar em Paulínia pela manutenção de uma estabilidade política e aprofundar ações nas Políticas Públicas. Quero produzir e ampliar a resposta para a população enquanto administração pública porque Paulínia merece mais. Eu produzi um vínculo com as pessoas e podemos fazer com que Paulínia possa ter ainda mais orgulho como experiência política e respostas para as demandas complexas de uma cidade acima de 100 mil habitantes.

Compreendo que Paulínia tem plena condições de maiores contribuições regionais e estaduais, criando um corpo técnico-político, levando o que de melhor Paulínia pode oferecer aos moradores e moradoras da cidade. Paulínia tem estrutura e um conjunto profissional excelente para prestar os melhores serviços públicos. É preciso cuidar das pessoas da cidade, desenvolvimento profissional para os servidores e utilizar melhor a estrutura de serviços instalados. Há novas estruturas a ser implantadas para a cidade em crescimento.


O senhor cogita sair por qual partido? Como está o andamento disso?

A minha equipe está cuidando desse tema de forma cautelosa e estratégica. Nossa Pré-Candidatura tem a visão do campo progressista e preocupada com as questões sociais e para o bem comum. Estamos próximo do PCdoB e faremos o momento correto da filiação e articulação com as várias lideranças. Estamos com um cronograma dos próximos 30 dias de abrir nosso comitê, montar uma estrutura de trabalho, realizar duas etapas de filiação com as lideranças do PCdoB estadual e regional na capital São Paulo e um outro momento em Paulínia. Estamos convictos dessa preposição partidária e já temos a segurança do partido no âmbito Nacional, Estadual e Municipal. Fui muito bem acolhido pelo Diretório Municipal do PCdoB Paulínia.


O senhor foi secretário de Saúde na atual administração do prefeito Du Cazellato (PL), o que ocorreu para o senhor deixar a Pasta?

Ficamos muito surpresos com o momento da decisão de exoneração. Fiz análise com várias pessoas da UNICAMP e também parte do Secretário do Prefeito. Nossa conclusão é de que havia algum incômodo em nossas posições políticas no apoio da candidatura para Presidente e Governador, o que divergia da gestão atual. O Prefeito faz o movimento de filiação no PL e tudo me parece que muda na configuração com a Secretaria de Saúde.


Como o senhor avalia a gestão do prefeito Du Cazellato até este momento?

Eu recusei o primeiro e o segundo convite para estar Secretário em Paulínia. Mas, após uma reflexão com o Prof. Gastão, decidimos contribuir para o momento da estabilidade política após a eleição suplementar. UNICAMP também teve um convênio perdido com o Edson Moura. A UNICAMP, sem resignação, poderia contribuir para restabelecer a estabilidade política e aprofundar o tema para a eleição de 2020. Esse era o papel e a minha expectativa. No meio do caminho houve a Pandemia COVID-19. A Saúde teve papel fortíssimo para a cidade e garantiu a vitória do Prefeito Du Cazellato, definindo de vez a estabilidade política em Paulínia. Penso que essa é a grande contribuição da gestão do Prefeito atual. É um papel histórico, nessa perspectiva.

Penso que o movimento que se faz para as áreas de Saúde e Educação não vão para uma boa direção. Penso que é um governo pouco republicano e conversa pouco com os grupos da cidade. Há fragilidade para uma cidade sustentável e poucas inovações práticas. É um governo que propícia pouca articulação entre os Secretários e baixa relação intersetorial, está distante das pessoas que mais precisam da estrutura da administração pública. Penso que poderia estar mais próximo da população e presente juntos aos servidores.

Penso que não se aproxima dos setores produtivos da cidade para experimentar novas tecnologias. Penso que não se interessa para o debate de políticas públicas. Trabalha ainda com a cultura da aliança como espaço de poder e menos com debate e princípios políticos na relação com Legislativo. Eu quero acreditar que Paulínia merece mais e posso dar um exemplo: o ponto de ônibus poderia ter uma câmara em cada ponto para proteger as pessoas e o patrimônio, poderia ter um sistema de acompanhar o roteiro e os horários das linhas de ônibus ... enfim...

Eu poderia pegar diversos exemplos na Educação também, porque é lamentável o episódio da Creche Felipe Macedo. Estamos atrasados em várias Secretarias e podemos avançar com mais compromisso com as pessoas e grupos mais necessitados.


Qual dos nomes confirmados e especulados como pré-candidatos a prefeito, na sua opinião, seria o maior desafio para o senhor superar e vencer a próxima eleição?

Eu não falarei de nomes. Estou interessado em participar de um projeto de mudança para a cidade de Paulínia. Eu não consigo enxergar que nenhuma proposta aposta nessa direção que é transformar uma cidade mais inclusiva, humanizada, participativa e sustentável. O que vejo são pacotes de negócios em torno de várias candidaturas até agora apresentadas.

Portanto, tenho a convicção de que a nossa proposta é o novo e traz outros elementos de experiência da máquina pública no nível municipal, estadual e federal. Todas as outras propostas repetem a cultura utilitarista de grupos políticos que pensam em si mesmos. Todas as outras propostas repetem uma relação de mercado eleitoral, o que já define uma prática política refém do antigo e coloca todo mundo em qualquer projeto.

Sinto que há certa visão de que Paulínia repete os interesses individuais e particulares das pessoas. Eu quero debater o bem comum e o interesse coletivo.


O que o torna mais preparado para ser prefeito de Paulínia, do que os demais nomes confirmados e especulados como pré-candidatos?

Eu participei da Gestão Pública nas diversas esferas federativas: município, estado e federal. Eu comandei a Pandemia com a visão de Médico Sanitarista. A Saúde é uma pasta complexa e difícil. Eu obtive resultados positivos. Eu resgatei o convênio da Unicamp para Paulínia. Eu realizei a Conferência de Saúde depois de 12 anos. Os nossos postinhos produziram mais Acolhimento e Porta Aberta para a população na minha época. Eu produzi intersetorialidade com Educação, Assistência Social, Segurança da Guarda Civil, Cultura, Esporte e Turismo. Tínhamos bela articulação com a Secretaria de Obras para garantir a estrutura dos serviços. Estive presente na poeira com os servidores. Sou presente no Controle Social do Conselho de Saúde, sou respeitoso em valorizar as pessoas, fazendo junto com elas. Eu tenho instrumental para a gestão da administração pública.


Na sua opinião, quais são os maiores desafios a serem superados pelo próximo prefeito de Paulínia?

Penso que Saúde sempre é um desafio. As reclamações pioraram e a população sente na alma. A Segurança Pública é um desafio e quero debater a Guarda Comunitária com proximidade e vínculo com os bairros e com as pessoas. Trazer o conceito de território e prevenção para uma relação próxima das pessoas com acréscimo de prevenção Comunitária quando identificado algum risco. Penso que a Educação precisa identificar as famílias de risco e vulnerabilidade com maior proteção com o tema tempo integral e oficinas de desenvolvimento social e metal dessas crianças. Pensar o desenvolvimento das crianças com Esporte, Cultura e Arte.

Penso que o tema Habitação como direito está na ordem do dia. Garantir a construção e o acesso à Moradia digna. Tenho estudado o tema Plano Diretor para uma cidade sustentável e com o rigor de garantir qualidade de vida para as pessoas em todos os lugares da cidade. Estamos no caminho de uma Reforma Tributária e vamos precisar dimensionar o tamanho de Paulínia, com responsabilidade social e fiscal.

Quero desenvolver um Planejamento mais participativo em todas as Secretarias, assumindo a interlocução com os interesses da cidade. Debater e legitimar o que os moradores e moradoras precisam. Quero compor um Conselho de Empresários e pensar um projeto de novos investimentos, diversificando o nosso parque produtivo. Utilizar o convênio da Unicamp, definido junto a Reitoria, o tema inovação tecnologia nas várias Secretarias e ampliando a capacitação e o desenvolvimento profissional dos Servidores. Enfim, construir uma metodologia transversal para avaliar indicadores de melhoria a ser pactuado com as várias políticas de governo em Paulínia e fazer junto com democracia Institucional.


Quais serão suas prioridades caso o senhor seja eleito prefeito de Paulínia?

Eu vou trabalhar com um radar nas pastas de Políticas Sociais: Saúde, Educação, Assistência Social, Segurança Pública, Transporte Coletivo, Habitação, Emprego-Renda. Essas prioridades serão prevalentes para dar direção às Secretarias Meios. Vamos submeter o meio às políticas fins de ação direta para as pessoas do município. Ou seja, os fins definindo os melhores meios para avançar. Buscando ampliar os meios-recursos para garantir os nossos sonhos coletivos para a cidade de Paulínia.

Quero inovar, por exemplo, com os Agentes Comunitários de Saúde, que são pessoas da população e dos bairros, para serem contratados pela Prefeitura para apoiar a população no tratamento da sua saúde. É preciso ter um grande serviço para atenção a dependência química como álcool e outras drogas, um serviço 24 horas. Vou implantar uma política de incentivo à formação técnica para as famílias de baixa renda. Vou implantar a Casa da Mulher Protegida para combater a violência contra a mulher.

Quero avançar na Diretoria de Direitos, Cidadania e Inclusão para discutir temas específicos como Racismo, Pop LGBTQIA+, Saúde Mental e Autismo, Religiosidade, Imigrantes entre outros temas. Vou desenvolver uma política de Valorização do Servidor com desenvolvimento profissional com garantia de formação, pós-graduação em Mestrado e Doutorado para funções estratégicas. Penso que ainda não resolvemos a questão do trânsito em Paulínia, portanto quero apresentar uma cooperação internacional nesse tema para pensar uma cidade do futuro.


Por fim, qual mensagem o senhor deixa para os eleitores de Paulínia?

Pessoal, Paulínia está em outro tempo histórico. Vamos avançar após a estabilidade política. Paulínia merece mais. Vamos garantir que Paulínia seja governada por quem tem a experiência na Gestão Pública. Obrigado e agradeço. Saudações!!!