Denúncia de descaso com o atendimento a cadeirante no Hospital de Paulínia; Aparelho de tomografia estava quebrado e faltavam macas, disse munícipe
Uma fotógrafa, moradora de Paulínia, denunciou nas redes sociais sua insatisfação com o atendimento que sua mãe, uma cadeirante de 59 anos, teria recebido no Hospital Municipal de Paulínia (HMP), na última sexta-feira (18). Segundo ela, um verdadeiro descaso. A mulher disse que além da demora no atendimento, o HMP estava com falta de macas e que o aparelho de tomografia estava quebrado.
Entenda o caso relatado pela filha da paciente
A fotógrafa relatou que sua mãe deu entrada no HMP, por volta das 14h30, do sábado (18), com fortes dores abdominais, pressão alta e que já estava há quatro dias sem conseguir comer. Mesmo assim, a senhora foi classificada na triagem com a pulseira verde, o grau de risco considerado de pouca urgência.
O atendimento pelo médico só ocorreu mais de uma hora depois, por volta das 15h40. Foi neste momento que a médica, vendo o sofrimento da paciente, a reclassificou com a pulseira amarela, o qual é o grau de urgência. Em seguida, a médica pediu vários exames e medicação no local. Mais uma vez, uma espera interminável de quase duas horas só para tomar a medicação.
Quando finalmente a medicação foi aplicada, a senhora teve que esperar mais quatro horas para fazer a reavaliação com outro médico. Enfim, quando isso ocorreu, o médico disse que a paciente não deveria ter ficado tanto tempo esperando, mas sim ter passado diretamente com um especialista para analisar seu caso.
Logo em seguida, a paciente passou com o médico especialista, que informou à fotógrafa que para ter certeza da gravidade do caso, a paciente precisaria passar por uma tomografia, mas em um hospital em Barão Geraldo, já que aparelho no HMP estava quebrado.
Então, o médico pediu a internação da senhora que com muitas dores, ainda teve que esperar mais duas horas para isso acontecer, e quando ocorreu a internação, a filha foi informada que a mãe teria que ficar na própria cadeira de rodas, pois não havia mais macas disponíveis no HMP.
“Então o doutor pediu a internação dela, demorou mais duas horas para fazer uma internação, e ainda disseram que ia ter que ficar na cadeira de rodas mesmo porque não tinha maca para ela deitar, isso é um absurdo”, relata a munícipe.
A paciente precisou ficar 15 horas sentada na cadeira de rodas com fortes dores até às 8h do dia seguinte (sábado), quando foi finalmente levada para fazer a tomografia na cidade vizinha. Revoltada com a situação da mãe, a filha postou nas redes sociais o que estava acontecendo, e assim que sua mãe voltou do exame no hospital em Campinas, uma maca foi providenciada para que ela ficasse internada. A paciente acabou tendo alta no domingo e passa bem.
Procuramos a Prefeitura de Paulínia para falar sobre o caso, mas no fechamento dessa matéria, o expediente já havia sido encerrado. Entretanto, caso a PMP se pronuncie sobre o caso a este jornal, o conteúdo será divulgado.