Nesta sexta-feira (24), diversas bases representadas pelo Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP) aprovaram estado de greve contra os processos de privatização que ainda não foram suspensos na Petrobrás.
Foram realizadas assembleias na Refinaria de Paulínia (Replan), na
Refinaria de Capuava (Recap), no Terminal de Guarulhos, no Edifício Sede da Petrobrás
(ESBRAS) e na Transpetro em Brasília.
No último dia 17 de março, a diretoria da Petrobrás, que ainda é
ocupada por indicados do governo Bolsonaro, aprovou a continuidade da venda da
Lubnor (CE) e dos polos de produção do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo,
na contramão do presidente da companhia, Jean Paul Prates, e do presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Já na última quarta-feira (22), sob pressão das mobilizações da
categoria, o Conselho de Administração (CA) aprovou a nova diretoria da
empresa, indicada pelo presidente Prates, que tomará posse no dia 29 de março.
“Desde o período eleitoral, o presidente Lula afirmava que todas
as privatizações seriam interrompidas. Por isso, precisamos garantir que o
projeto que ganhou nas urnas seja, de fato, implementado. Para isso, temos que
nos manter mobilizados para barrar de vez as vendas na nossa empresa”, afirma a
diretora do Sindipetro-SP e da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Cibele
Vieira.
Além disso, os petroleiros aprovaram uma contribuição
extraordinária de 1,5% dos salários durante quatro meses (não inclui férias,
benefício educacional, etc.) com o objetivo de contribuir para as mobilizações
previstas nesse período – 50% desse valor serão destinados à FUP e 50% ficarão
com o Sindipetro-SP.
Assembleias como essas estão sendo realizados pelos outros 12
sindicatos filiados à FUP. Nas bases do Sindipetro-SP, elas ocorrerão até o dia
3 de abril.
Fonte: Sindipetro-SP